Entendendo sua doença – Fibromialgia

por Dra Lucia Buffulin e Dra Ana Beatriz Finardi

A fibromialgia, também chamada de síndrome dolorosa crônica, tem como sintoma mais comum a dor em vários pontos do corpo.
A dor pode ter característica migratória ou ser difusa, acometendo principalmente o sistema musculoesquelético e geralmente é agravada pelo frio, tensão emocional ou esforço físico.
Além da dor, a fibromialgia pode vir acompanhada de um conjunto de distúrbios funcionais como a fadiga, indisposição, sono não reparador, dormência ou formigamento, alterações intestinais, irritabilidade, dificuldade de concentração e falta de memória.
Em função da inexistência de alterações orgânicas causadas pela doença, a conversa compreensiva com o Médico Reumatologista e o exame físico realizado durante a consulta são a base para o diagnóstico e a avaliação integral do paciente.
A fibromialgia não tem uma causa definida, mas a associação de fatores físicos, emocionais, genéticos e hormonais influenciam no seu início e na perpetuação da doença.
Não há exames subsidiários específicos até o momento, tanto laboratoriais como de imagem, para o diagnóstico da patologia. Os exames complementares solicitados pelo Médico Reumatologista são importantes para diferenciar o quadro de outras enfermidades ou para investigar doenças associadas, que possam atuar como desencadeantes ou agravantes da dor.
O tratamento da fibromialgia deve ser único e individualizado, e tem como objetivo o cuidado multifatorial para alívio da dor, melhora da qualidade do sono, estabilidade emocional e introdução do condicionamento físico. Lembrando que o tratamento específico de desordens associadas é de tamanha importância, principalmente para controle de inflamação e causas secundária de mialgia difusa.
Podemos dividir o tratamento específico da fibromialgia em tratamento farmacológico individualizado e não-farmacológico, o qual hoje, é considerado o mais importante, sendo baseado em prática regular de atividade física, massagens, acupuntura, higiene do sono, acompanhamento psicológico e acompanhamento nutricional.
Deixar de diagnosticar a fibromialgia, ignorar ou menosprezar os sintomas álgicos do paciente ou atribuir qualquer queixa a um mero rótulo são falhas com várias consequências negativas para o acompanhamento e tratamento. Daí a importância de consultar um Médico Reumatologista qualificado.